RONCO: INIMIGO DO SONO?

Roncar é sinal de doença?

A primeira coisa a se observar é que quase todo mundo ronca. Porém, um ronco incômodo e muito característico pode sim apontar que algo está errado com o seu organismo, sendo ele o sintoma de doenças tais como Apneia do Sono e problemas anatômicos. Estes, seriam em parte, originados pela dificuldade da passagem do ar, o que poderia gerar agravamentos futuros. Na postagem de hoje, procuraremos mostrar 7 maneiras de se diminuir o ronco, evitando com isso, constrangimentos e incômodos ao "roncador" e à sua família.

1 - Perca peso

Engana-se quem pensa que gordura só é depositada em áreas como abdômen, coxas, etc. As gorduras também podem se depositar no pescoço e "isso prejudica a passagem de ar, devido ao estreitamento da faringe", afirma a otorrinolaringologista Fernanda Martinho, da Unifesp e da diretoria da Associação Brasileira do Sono. Por isso, qualquer tratamento do ronco é mais eficiente se houver também uma diminuição de peso. Contudo, isso não quer dizer, é claro, que pessoas no peso ideal não ronquem.

2 - Verifique se você tem Apneia do Sono

"Essa doença se caracteriza pela redução da oxigenação do sangue, isso acontece devido a interrupções da respiração causadas pelo estreitamento das vias aéreas", afirma o otorrinolaringologista Fábio Lorenzetti. Aponta-se o ronco como principal sintoma, e ele precisa de tratamento, uma vez que essas oscilações de oxigênio aumentam acarretando em possíveis complicações cardiovasculares, podendo levar a um infarto. Para identificar se você sofre do problema, recomenda-se fazer um exame chamado Polissonografia. através desse exame, o sono é monitorado e as atividades fisiológicas avaliadas por um especialista.

O Dia Seguinte - Edvard Munch

3 -Modere no consumo de álcool

"O álcool, assim como alguns tranquilizantes e medicamentos para dormir, relaxa a musculatura do corpo", afirma a especialista e otorrinolaringologista Dra. Fernanda Martinho. portanto, ao relaxar em demasia a musculatura envolvida, ocorre um afrouxamento exagerado dos músculos e, assim, o ronco é facilitado.

4 -Trate as alergias respiratórias

Pessoas que tem alergias respiratórias, como rinite alérgica, estão frequentemente com o nariz entupido, isso contribui muito para a ocorrência do ronco. "O barulho pode ser decorrente do esforço feito para respirar ou da alternativa encontrada para a congestão nasal: respirar pela boca", diz o especialista Dr. Fábio Lorenzetti. Neste caso, o ideal então, é ir direto ao ponto: tratar a origem da alergia e não somente suas consequências.

5- Evite dormir de barriga para cima

Segundo especialistas no assunto, a pior posição para quem ronca é dormir de barriga para cima, isto porque, essa posição facilita a retração da língua para trás, pela ação da gravidade favorecendo um estreitamento da passagem do ar, aumentando assim, a vibração dos tecidos da faringe (que dá origem ao ronco). As melhores posições para se dormir principalmente para quem ronca é a de lado e, em último caso, de bruços, evitando assim a obstrução do ar.

6 - Uso de dilatador nasal funciona?

Segundo alguns especialistas, o uso de dilatador nasal não funciona para todo mundo para evitar o ronco. Segundo eles, o método acaba sendo efetivo com um publico mais restrito e servindo apenas como método paliativo, não como tratamento. "Pessoas com a válvula nasal flácida, por exemplo, podem obter algum benefício, mas a maior parte dos casos de ronco não são decorrentes desse problema", afirma o otorrinolaringologista Fábio Lorenzetti.

7 - Durma em um colchão apropriado

Sabe-se que, uma noite mal dormida acarreta dentre outros, cansaço diurno. Tal cansaço, pode levar a mais noites mal dormidas, colocando a pessoa no caso, num círculo vicioso. Um colchão de qualidade e, principalmente adequado as suas características físicas e necessidades pessoais, combinado com um travesseiro de altura compatível ao seu biotipo, aliados a adoção de uma postura mais correta ao dormir, podem em muito, auxiliar no combate ao ronco, evitando assim também, futuros problemas de saúde, como por exemplo: insonia, estresse e até um quadro de depressão.
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Autor: Michele Vieira

Fontes: Minha Vida

Drauzio Varella

Instituto do Sono